Vimos a público informar que a ABRAMURGEM considera um grande retrocesso a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa, publicada no dia 9 deste mês de fevereiro, que reformulou a redação do parágrafo sobre a formação a ser exigida de responsáveis técnicos e coordenadores de equipes da RDC 7/2010 e sobre requisitos mínimos para funcionamento de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

A partir da redação dada pela RDC 137/2017, a responsabilidade por definir a especialização dos responsáveis técnicos e coordenadores de equipes nas UTIs fica, claramente, atribuída aos conselhos de classes e associações profissionais.

A Abramurgem todos esses anos esteve ao lado dos jovens médicos recém-formados, tendo treinado e capacitado milhares deles. Portanto, a entidade sempre respeitou e valorizou o conjunto daqueles que trabalham na emergência, tendo eles especialidade ou não.

No entanto, acreditamos na valorização das especialidades, cada qual no seu devido lugar. Queremos uma UTI onde o coordenador seja intensivista, um pronto-socorro em que as crianças sejam atendidas por um pediatra, as mulheres por um ginecologista/obstetra, os distúrbios osteomusculates e traumáticos pelo ortopedista, e as urgências cirúrgicas pelos cirurgiões.

Estamos ao lado das especialidades da AMB e de sua valorização. Não fazemos acordo com ministérios anti-médicos e nem com associações fora da AMB.

Fernando Tallo
Presidente da Abramurgem