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Dedicação às urgências e emergências médicas do dia a dia.

A Medicina de Urgência no Brasil, infelizmente, ainda não recebe a prioridade que merece. Temos alarmantes índices de mortalidade em emergência, mas as autoridades responsáveis assistem passivas ao caos.

A Medicina de Urgência no Brasil, infelizmente, ainda não recebe a prioridade que merece. Temos alarmantes índices de mortalidade em emergência, mas as autoridades responsáveis assistem passivas ao caos.

Uma das causas desses altos índices reside na formação deficitária do médico. No último exame do Cremesp, realizado em 2008, os formandos do curso de medicina de faculdades paulistas erraram 40% das 120 questões para procedimentos realizados em pronto-socorro. Na média, os candidatos acertaram 60,9% do teste. Ao todo, 61% dos 679 candidatos foram reprovados no exame, dado considerado preocupante pelo Cremesp.

Por iniciativa da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, a qual tenho a honra de presidir, conseguimos, nos últimos anos, incentivar a criação da disciplina que trata do atendimento de urgência em diversas faculdades. Porém, continuamos esbarrando na falta de um arcabouço para o atendimento de emergência e para a prática segura do médico. Faltam ainda políticas públicas consistentes que garantam qualidade na assistência aos cidadãos, além de reduzir o tempo de internação, evitar e/ou tratar seqüelas de pacientes e melhorar a resolutividade do sistema.

Ainda brigamos quase que sozinhos pelo fortalecimento dessa área do conhecimento médico. Entretanto, embora tenhamos fundado a Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência neste ano de 2009, nossa meta não deve ser prioritariamente caracterizar a Medicina de Urgência e Emergência como uma especialidade médica, mas sim, colaborar para a melhoria das condições de atendimento dos pacientes, que são nosso foco principal. Esse campo da Medicina exige ações multidisciplinares, visando capacitar cada vez mais os profissionais que se dedicam a essa atividade médica e criando condições para a constante atualização.

Quando o objetivo é cumprir o compromisso associativo e de construção do conhecimento, basta a existência de uma Sociedade Civil organizada, com pessoas competentes e que possuam todas as devidas titulações para, dessa forma, atingir seu objetivo principal que é contribuir com a nossa comunidade.

 

Antonio Carlos Lopes