Nos dias 01, 02 e 03 de julho, a Abramurgem Regional-MS, em parceria com a Associação Médica da Grande Dourados, realizou, no Teatro Municipal da cidade de Dourados (MS), o I Simpósio Sul Matogrossense de Medicina de Urgência e Emergência e o I Encontro das Ligas Acadêmicas de Medicina de Urgência e Emergência de Mato Grosso do Sul. O evento, que contou com a participação de cerca de 350 pessoas e representantes de 10 Ligas Acadêmicas de Medicina de Urgência e Emergência, teve como temática central a discussão das medidas a serem tomadas para melhorar a situação das urgências e emergências no Brasil.

A primeira edição do Simpósio Sul Matogrossense de Medicina de Urgência e Emergência teve participação ilustre do Presidente da Abramurgem, Prof. Dr. Roberto Saad Jr, que ministrou aula sobre o trauma traqueobrônquico. Também participou do simpósio o Prof. Dr. Antonio Carlos Lopes, Ex-Presidente da Abramurgem e Presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. Ele falou sobre a importância da atenção às urgências e emergências em nível nacional.

O evento marcou ainda a posse oficial da diretoria da Abramurgem Regional-MS e a consolidação dos Capítulos de Nova Andradina, Campo Grande, Naviraí e Ponta Porã.

Carta de Mato Grosso do Sul

Ao final do simpósio foi constituída a Carta de Mato Grosso do Sul, documento assinado por todos os presentes que deverá ser encaminhado nos próximos dias às entidades associativas, academia e comunidade. Em linhas gerais, a carta mostra a posição dos expoentes das várias categorias vinculados ao ensino da Medicina e à prática na área da saúde.

Eles manifestam-se contra a criação da especialidade de Medicina de Urgência e Emergência e admitem que esta área deve contemplar a Clínica Médica, a Cirurgia, a Pediatria, a Tocoginecologia, a Anestesia e a Ortopedia. Cada uma dessas disciplinas deverá, durante a graduação e a residência médica, propor maior carga horária para que o profissional seja devidamente formado. Os participantes também acordaram que a Medicina de Urgência e Emergência merece maior respeito por parte das entidades governamentais, devendo se tornar política de Governo e Estado. Enfatizaram, por fim, que na sala de urgência e emergência deve haver recursos humanos e materiais conforme as necessidades da população, além da valorização do comportamento ético de acordo com o que versa na legislação. De maneira unânime, todos admitiram que os serviços de má qualidade devem ser fechados e não funcionar para suprir falhas do sistema de saúde.