No último dia 06 de agosto, o Dr. Fernando Sabia Tallo, presidente da Abramurgem, defendeu sua dissertação mestrado que buscou traçar um completo  perfil social, demográfico e profissional dos médicos que atuam no SAMU no Brasil. Os dados foram obtidos através de respostas anônimas a um questionário enviado aos núcleos de estudo e pesquisa (NEPs) das centrais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em todas as capitais brasileiras, Distrito Federal e cidades do interior dos estados do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Maranhão e Ceará. 

Dentre os mais de 900 médicos pesquisados, 56% afirmaram desempenhar dupla função, atendendo em média 8,76 ocorrências a cada 24 horas. A maioria (64,4%) declarou-se satisfeita por trabalhar no SAMU e, dentre os insatisfeitos, a maior queixa é a baixa remuneração (63%), fazendo referência à renda mensal média que varia de 2 a 8 mil reais, com cargas horárias semanais entre 24 e 48h. Também foram observadas deficiências particularmente em urgências pediátricas, psiquiatria, habilidades e procedimentos, e manipulação de equipamentos essenciais para o adequado atendimento às urgências. Apenas 11,8% dos médicos atuam exclusivamente na medicina pré-hospitalar e 27,1% deles estavam há menos de 1 ano no serviço.

Confira mais informações sobre a pesquisa no próximo número do Jornal Sala de Emergência.