Logo Abramurgem - Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergencia

Fale Conosco

Dedicação às urgências e emergências médicas do dia a dia.

Segundo Dr. Luiz Alberto Mattos, cardiologista do Hospital São Luiz Morumbi, se a vítima for socorrida em até três horas contadas a partir do início dos sintomas, boa parte da musculatura afetada pode ser recuperada. Agora, se o atendimento demorar mais de seis horas, as células prejudicadas já não poderão se regenerar.


“O infarto é a interrupção do fluxo sanguíneo para o músculo do coração devido ao bloqueio ou entupimento de uma veia ou artéria. Essa obstrução pode resultar em sequelas que podem ser revertidas ou não, dependendo da velocidade do atendimento. Por isso, é muito importante que o paciente seja levado o mais rápido possível ao hospital”, explica o cardiologista

.

A vítima começa a contar o tempo de socorro a partir dos primeiros sintomas. Dor forte no peito forte, crescente e sem alívio é um dos sinais mais comuns de infarto. “Essa dor ocorre principalmente no lado esquerdo, mas pode se espalhar pelo peito, costas e pescoço. Medidas simples como uso de analgésicos, ingestão de líquidos ou mudar de posição não minimizam a sensação”, diz Luiz Alberto. A dor do infarto também pode simular a sensação de dispepsia, a famosa indigestão, seja pelo consumo exagerado de comida ou azia. Além disso, se a dor for intensa pode ocasionar náuseas, vômito, suor frio, sensação de letargia profunda e crescente e até a perda de força.

 

Em casos de infartos prévios, os riscos e danos ao coração são maiores.  “Os prejuízos são maiores pelo simples fato de que o coração já sofreu algum dano anterior”, explica o cardiologista. Quanto maior o número de infartos, maior será a perda do músculo e as consequências, como falência muscular, manifestada por insuficiência cardíaca, arritmias crônicas até a ocorrência de morte súbita.

 

Corrida contra o relógio

 

Até três horas: quanto mais rápido for o atendimento médico, menor será a quantidade de músculo cardíaco atingido e maiores as chances de recuperação.

 

Até seis horas: as primeiras seis horas (contadas a partir dos primeiros sintomas) são críticas. Além da oclusão da artéria, o paciente pode sofrer arritmias, às vezes fatais, e distúrbios elétricos na estimulação cardíaca.

 

Até 12 horas: quanto maior o retardo do atendimento médico, maior a perda muscular devido à oclusão arterial coronária em andamento. Caso o paciente seja atendido após 12 horas dos primeiros sintomas, evidencia-se uma perda significativa da musculatura do coração.

 

Acima de 12 horas e até as primeiras 24 horas: ocorrerá a necrose, perda definitiva da contração muscular na artéria afetada.

 

Fonte: HD Comunicação