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Dedicação às urgências e emergências médicas do dia a dia.

As ligas acadêmicas de medicina são grupos de estudo criados e organizados por estudantes, professores e profissionais, cujo objetivo é complementar as atividades acadêmicas no campo da pesquisa, do ensino e da extensão. Através das ligas é possível sanar, em partes, deficiências que existem nos cursos de medicina, permitindo a formação de um profissional mais experiente e ciente de seu papel transformador na sociedade e na vida de seus pacientes”, explica Marcelo Lamberti, coordenador nacional do Comitê da Liga Acadêmica de Medicina de Urgência e Emergência (Lamurgem).

A primeira liga acadêmica de que se tem notícia no Brasil surgiu na década de 20 na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Mais tarde, durante a época da ditadura, novas ligas foram criadas diante deste contexto de tensão político-social e do questionamento sobre o tipo educação médica em voga. Hoje em dia, o que se percebe é que o grande número de ligas acadêmicas de medicina existentes é fruto da necessidade, por parte do aluno, de ter um papel mais ativo diante de sua formação. “Os estudantes que fazem parte de uma liga ampliam seus conhecimentos teórico-práticos sobre os assuntos do cotidiano médico e colaboram com o serviço no qual estão inseridos. Para os docentes, é uma ótima maneira de testar e repassar seus conhecimentos e experiências, colaborando para a formação médica de qualidade, além de se manterem atualizados sobre as novas tendências, métodos diagnósticos e tratamentos”, explica Lamberti.

A Lamurgem foi criada em meados de 2009 com objetivo central de congregar todas as ligas brasileiras de Medicina de Urgência e Emergência, estimulando a produção científica (resumos, protocolos, artigos, livros) e promoção de cursos, simpósios, congressos e palestras. “Além disso, visa estimular a inclusão mais efetiva da Medicina de Urgência e Emergência nas grades curriculares das escolas médicas, o que certamente irá intensificar os intercâmbios entre entidades”, diz Lamberti.

Administrativamente, todas as ligas são organizadas por uma diretoria e demais membros efetivos, devendo ser supervisionada por docentes que irão colaborar na otimização das atividades propostas e elaboração das linhas de pesquisas científicas. “Esta integração entre aluno e professor é fundamental, já que os dois passam a atuar juntos em projetos de pesquisa e assistência, o que é muito importante para o crescimento profissional de ambos e para a instituição”, afirma Antonio Pedro Lucas Bittencourt, diretor acadêmico e fundador da Lamurgem. Além disso, outra vantagem é que fazer parte de uma liga acadêmica também conta pontos para a seleção nas provas de residência médica, pois é considerada projeto de extensão universitária.

10 Passos Para se Formar uma Liga Acadêmica

  • 1. Buscar orientação e auxílio do Centro ou Diretório Acadêmico.
  • 2. Escolher um tema relevante, abrangente e geral.
  • 3. Procurar professores e profissionais da área interessados, para planejar o trabalho a ser desenvolvido e escolher a metodologia adequada.
  • 4. Procurar apoios de entidades e instituições para a execução do projeto.
  • 5. Elaborar o estatuto da Liga permitindo que haja discussões e, se necessário, modificações posteriores com a participação dos futuros integrantes da Liga.
  • 6. Promover curso de capacitação.
  • 7. Elaborar e aplicar os métodos de seleção dos integrantes da Liga.
  • 8. Fazer o cronograma de atividades da Liga.
  • 9. Garantir espaço para a apresentação dos trabalhos.
  • 10. Fazer valer o que prega o estatuto da Liga.

Fonte: Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina