“Técnicas relacionadas ao controle de danos são relatadas na literatura científica há, pelo menos, uma década, mas pesquisas de controle de danos especificamente no tórax ainda são muito insipientes. Entre as técnicas descritas para tratar o trauma no tórax de maneira abreviada existe uma desenvolvida pela minha equipe na Santa Casa de São Paulo que se chama Broncostomia”, explica Saad. De acordo com o especialista, consiste em cortar o brônquio e interligá-lo em um respirador externo. “É uma técnica provisória mas que, em situações de emergência, permite que o doente tenha mais chances de vida. Para pacientes que chegam em estado grave, hipotensos, chocados, com falta de ar, onde o tempo para salvar a vida é curto, não é possível tirar o pulmão, apesar de ser o procedimento mais adequado se o dano for extenso. O controle de danos nos orienta a interferir o mínimo possível, mesmo que seja uma solução provisória. Depois do doente recuperado, ele volta pra cirurgia que será de menor risco”, afirma Saad.
Além do controle de danos, o congresso também tratou de temas como robótica, cancerologia cirúrgica, transplante de órgãos sólidos, fistulas digestivas, doenças da parede abdominal - hérnias, videolaparoscopia, ensino em cirurgia (graduação e pós-graduação), cirurgia bariátrica e metabólica e cirurgia do trauma.