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Chegou a era da roupa inteligente: muito em breve, um pijama ou uma simples camiseta poderão, graças a sensores integrados em suas fibras têxteis, alertar para ataques cardiovasculares e se comunicar com serviços de emergência em tempo real.

 

Segundo uma pesquisa publicada em dezembro pela Universidade Laval, em Quebec, Canadá, estes têxteis inteligentes são "capazes de captar a informação biomédica das pessoas que os usam e transmiti-la" através de redes sem fio a centros de socorro ou de análise.

 

Em poucos anos, a roupa inteligente terá várias aplicações possíveis, mas a maior parte estará destinada a fins médicos e de geolocalização. Por exemplo, as crianças sequestradas ou perdidas poderão ser localizadas rapidamente através dos sensores de suas roupas, explicou à AFP Jeff Viens, diretor de transferência tecnológica da cátedra de inovação e fotônica do Canadá (CERCP).

 

"Os têxteis terão muitas funções" e, ao passar pela mediação da internet, a roupa se tornará uma "plataforma de comunicação e uma fonte de informação", acrescentou. "Um aplicativo possível será a detecção de um problema cardíaco, que permitirá alertar à emergência quando uma pessoa sofrer um infarto durante o sono", afirmou este pesquisador.

 

Este tecido poderia capturar outras informações, como níveis de glicose, atividade cerebral ou movimentos e coordenadas espaciais. A equipe de pesquisas, chefiada pelo professor Younes Messaddeq, elaborou esta "fibra têxtil superpondo várias camadas de cobre, polímeros, cristal e prata". A fibra, que cumpre as funções de sensor e de antena ao mesmo tempo, "é forte e maleável e pode ser costurada e feita de lã ou algodão", indicou a Universidade de Laval.

 

Ainda falta unir alguns cabos soltos antes que a roupa inteligente esteja disponível comercialmente. Por exemplo, ainda é necessário desenvolver a conexão dos tecidos às redes sem-fio ou resolver o tema da alimentação elétrica, explicou Younes Messaddeq. Outro detalhe não menos importante será "nos assegurarmos de que o tecido seja lavável e resista aos detergentes", acrescentou o professor.

 

Fonte: Correio Braziliense