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Dedicação às urgências e emergências médicas do dia a dia.

Edição Nº 63 - Junho de 2015

No último dia 16, na sede da Associação Médica Brasileira (AMB), em São Paulo, representantes de associações, sindicatos, federadas e grupos estudantis de todas as regiões do Brasil, deram início oficial ao movimento Frente Nacional em Defesa da Saúde, da Medicina e do Médico, grupo que tem como objetivo fortalecer e unir as instituições médicas em prol dos pacientes e dos profissionais da saúde.

O presidente da AMB, Dr. Florentino Cardoso, disse que as entidades presentes não compactuavam com a divisão da classe médica, assim como também reforçou que o caminho para que os médicos tenham mais força é se unindo às instituições já existentes e lutando contra ao aparelhamento das entidades existentes e à criação de entidades-espelho, cujo objetivo é enfraquecer e dividir a classe médica. “A AMB e outras entidades são as casas do médico brasileiro. As pessoas que hoje as dirigem passam, mas as entidades ficam, porque elas são de todos nós e é nelas que temos que fazer as mudanças necessárias para a saúde do Brasil”.

De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Dr. Geraldo Ferreira, que junto com a AMB organizou o movimento, a frente vai lutar pela união da categoria médica, para defender e fortalecer a democracia, colocar-se intransigentemente nas lutas em defesa da dignidade, da remuneração e das condições de trabalho da classe. “Há uma orientação do Governo Federal, via CUT, para dividir qualquer categoria ou entidade em que o governo não é maioria”, se referindo à criação de uma nova federação.

Além de contar com o apoio das principais entidades, sindicatos, associações estaduais e grupos estudantis do Brasil, a Frente Nacional também tem adesão de instituições internacionais. “Diante de qualquer movimento que vise defender o médico, a medicina e a saúde, independente do país, vamos apoiar”, declarou o coordenador do Comitê de Assuntos Médicos Sociais, da Associação Médica Mundial (World Medical Association – WMA), Dr. Miguel Roberto Jorge.

Durante o evento, diversos representantes de instituições médicas contribuíram com sugestões ou com ideias que já vem sendo implementadas no seu estado para a defesa da classe médica e dos pacientes. Um dos principais motes levantado pelos participantes é de que assim como outras categorias de trabalhadores, como advogados e engenheiros, por exemplo, os médicos não podem ter vergonha de expor sua opinião política e que isso deve iniciar desde as faculdades. “Os médicos e pacientes do Brasil podem contar com o nosso apoio e se precisar vamos percorrer as 252 escolas de medicina do Brasil. Pois, vamos lutar contra um governo que está muito mais preocupado com o voto do que a saúde”, afirmou o presidente da Associação dos Estudantes de Medicina (AEMED-BR), Vinícius de Souza.

 

Próximos passos

O próximo encontro da Frente Nacional em Defesa da Saúde, da Medicina e do Médico já tem data e local marcados. Acontece no dia 21 de agosto, em Fortaleza e vai reunir membros das diretorias da AMB e FENAM para a criação de comissões que visem, por exemplo, a participação de representantes médicos nas eleições de 2016, que tenham como plataforma melhorias na saúde dos seus municípios.

Fonte: AMB


O presidente da Abramurgem, Fernando Sabia Tallo, ministrou em Belo Horizonte (MG), nos dias 11 e 12 de julho, o Curso de Acesso à Via Aérea na Urgência e Emergência (VIAMURGEM). A turma foi composta por 13 alunos. Em breve estarão abertas as inscrições para a próxima edição, programada para acontecer em Juiz de Fora (MG). Para saber mais acesse:http://www.curem.com.br/cursos/10/viamurgem--acesso-a-via-aerea-na-urgencia-e-emergencia

 
Alunos do Curso de Eletrocardiograma na Urgência e Emergência promovido pela Abramurgem em Fortaleza nos dias 30 e 31 de maio e coordenado pelo Dr. Roberto de Moraes Jr. Mais um sucesso de críticas.

No Dia Mundial da Saúde de 2014, diversas entidades divulgaram um relatório sobre a Medicina de Urgência e Emergência no Brasil, após visitas a uma série de hospitais públicos, realizadas por uma comissão. O documento relata a constatação de uma crise em urgência e emergência no país, com problemas estruturais, desde a falta de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até pacientes internados em macas nos corredores da emergência.

A partir dos resultados do relatório, a comissão recomendou que, entre outras providências, seja efetivamente adotada a Política Nacional de Atenção às Urgências, ampliando a participação no financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como a abrangência do programa “SOS Emergência”, para incluir todos os serviços públicos do país; a redução da carência de leitos hospitalares e criação de mais leitos de apoio e de retaguarda; revisão dos valores da Tabela SUS para remunerar a prestação de serviços com dignidade.

Neste sentido, as consequências da ausência de serviços estruturados em diversos setores do país, como trânsito, saneamento básico, meio ambiente e saúde pública, se refletem na urgência e emergência. Desde acidentes de trânsito, passando por aumento de casos de dengue, leishmaniose e febre amarela, até problemas cardiovasculares, entre tantas outras ocorrências, desembocam nos setores de pronto-atendimento dos hospitais, sejam públicos ou privados.

Diante desse cenário, apesar de a Medicina de Urgência e Emergência não ser uma especialidade médica no Brasil, a realidade do país exige profissionais qualificados para esse trabalho complexo, que deve ser realizado com precisão durante a fase aguda. Porém, a qualificação do emergencista vai além do título de especialista. É necessária atenção à formação do médico, atualização profissional permanente e investimento na melhoria da estrutura física dos hospitais.

Com o objetivo de mudar o panorama dessa área, a Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) nos últimos anos tem incentivado a criação e o aumento da carga horária da disciplina de Medicina de Urgência e Emergência nas faculdades médicas, e também tem trabalhado para qualificar continuamente os profissionais da área para que estejam mais aptos a prestar assistência adequada à população. Também tem evidenciado a importância de prevalecer um único objetivo: a Medicina de Urgência e Emergência precisa ter como foco o paciente, única e exclusivamente. Além disso, para prestar essa correta assistência, não apenas o médico generalista atua na emergência, como também abre um leque para diversas especialidades, com a formação de uma equipe multidisciplinar.

Diante do cenário na urgência e emergência no Brasil, uma iniciativa entre a Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência (ABRAMURGEM) e a SBCM, em parceria com o Grupo GEN/AC Farmacêutica, gerou o Curso de Capacitação em Urgência & Emergência (URGEM), que constitui uma importante ferramenta de capacitação para médicos que trabalham ou tenham interessem em atuar com Medicina de Urgência e Emergência.

Com carga horária de 124 horas, o curso é composto por 14 módulos que contemplam diversas especialidades. Seu conteúdo foi estruturado em videoaulas, ministradas pelos mais renomados profissionais da área, de diversas regiões do Brasil. Além disso, o URGEM tem aprovação pela Comissão Nacional de Acreditação (CNA) sob o protocolo de número 102.962 e oferece 10 créditos para a obtenção do Certificado de Atualização Profissional (CAP) nas especialidades Clínica Médica, Cardiologia e Cancerologia Clínica e 5 créditos nas especialidades Pneumologia, Gastrenterologia, Neurologia, Psiquiatria, Nefrologia, Endocrinologia, Infectologia, Ortopedia e Traumatologia e Ginecologia e Obstetrícia. Para a obtenção dos créditos, é necessário fazer um cadastro para acesso às aulas e às provas e acertar 70% ou mais nos testes apresentados, somando-se todos os módulos deste curso.

Além disso, para acompanhar as videoaulas, foi produzido um e-book exclusivo, com conteúdo didático, elaborado pela mesma equipe de docentes, que se uniu a um grupo de pedagogos, especialistas em ensino a distância, para criar um material complementar único. O objetivo é discutir e aprofundar os temas abordados nas aulas, servindo como fonte de consulta e revisão. Por meio de recursos pedagógicos que visam a fixação do conteúdo, o livro está repleto de dicas e lembretes ao decorrer dos capítulos e conta, ainda, com sessões de casos clínicos e questões de revisão.

Para o Dr. Antonio Carlos Lopes, presidente da SBCM, o grande diferencial é que o curso aborda os principais temas em Urgência e Emergência por intermédio de médicos competentes. “Temos absoluta certeza que esses temas permitirão que os médicos possam rever os vários posicionamentos, nos horários os mais variados possíveis, sem que comprometam suas atividades profissionais e sem que comprometam, inclusive, o convívio com sua família”, destaca o Dr. Lopes, que também reforça a revalidação do título de especialista pela Associação Médica Brasileira (AMB).

“Temos absoluta certeza que este curso, dentro do seu compromisso de cidadania, levará à nossa comunidade um atendimento médico melhor, um atendimento sério, almejado por todas as nossas comunidades e por todos os nossos pacientes, principalmente os menos favorecidos, em regiões afastadas, nas quais o curso chegará, e poderá inclusive dar melhor assistência à população”, comenta o Dr. Lopes.

O Dr. Fernando Sabia Tallo, presidente da ABRAMURGEM, também acredita nessa aposta. “Reunimos todos os assuntos, todo o conteúdo de urgências e emergências, abordados por um grupo de professores de alto nível, no sentido de romper as barreiras com o ensino a distância”, afirma, destacando que, por esse modelo, a informação chega tanto ao interior do Maranhão como na Avenida Paulista, em São Paulo.

O presidente da ABRAMURGEM ainda relata que o grande objetivo desse curso é fazer com que o médico que não tem especialidade em urgência e emergência, porque ela ainda não existe, atualize-se, tenha informações relevantes nessa área. “Somos pouco mais de 600 médicos na área de atuação em urgência e emergência, sendo que só um quarto das faculdades de medicina brasileiras tem a disciplina de urgência e emergência dentro da grade curricular”, informa o Dr. Tallo.

Fonte: Revista ACFarma